Muitas vezes começamos a Missa com a oração da Epístola de hoje: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês”. Louvamos a Deus que Se revelou como uma Trindade, uma comunhão de pessoas.
A comunhão com a Trindade é o objetivo de nosso culto de adoração e o propósito da história da salvação, que começa com a Bíblia e continua na Eucaristia e demais sacramentos da Igreja.
Vemos o começo da autorrevelação de Deus na Primeira Leitura de hoje, quando Ele passa diante de Moisés e este grita Seu santo nome. Israel havia pecado ao adorar o bezerro de ouro (ver Êxodo 32). Mas Deus não os condena a perecer. Em vez disso, ele anuncia Sua misericórdia e fidelidade à Sua aliança.
Deus amou Israel como Seu filho primogênito entre as nações (ver Êxodo 4:22). Através de Israel — herdeiro de Sua aliança com Abraão — Deus planejou revelar-se como o Pai de todas as nações (ver Gênesis 22:18).
A lembrança da provada aliança de Deus com Abraão — e a fiel obediência de Abraão — encontra-se por trás do Evangelho de hoje.
Ao ordenar a Abraão que oferecesse seu único e amado filho (ver Gênesis 22: 2, 12, 16), Deus estava nos preparando para a revelação mais completa possível de Seu amor pelo mundo.
Do mesmo modo como Abraão se dispôs a oferecer Isaac, Deus não poupou Seu próprio Filho e o entregou a todos nós (ver Romanos 8:32).
Nisso, Ele revelou o que tinha sido só parcialmente revelado a Moisés: que Sua bondade continua por mil gerações, que Ele perdoa nossos pecados e que nos conduz de volta como Seu próprio povo (ver Deuteronômio 4:20; 9:29).
Jesus humilhou a Si mesmo ao morrer em obediência à vontade de Deus. E por isso, o Espírito de Deus O ressuscitou dentre os mortos (ver Romanos 8:11), dando-Lhe um nome acima de todo nome (ver Filipenses 2: 8–10).
Esse é o nome que glorificamos no salmo responsorial de hoje: o nome de nosso Senhor, do Deus que é amor (ver 1 João 4; 8, 16).